Mapas de Calor: O que são e como esta ferramenta transforma a Gestão no Saneamento

O que é um mapa de calor

O mapa de calor é uma forma visual de apresentar dados em um território ou superfície, que usa escalas de cores para destacar intensidades, padrões e concentrações.

Em vez de exigir a leitura de tabelas ou relatórios extensos, o mapa de calor facilita a compreensão rápida de onde algo acontece com maior ou menor intensidade.

Essa ferramenta é amplamente utilizada em áreas como marketing, saúde pública, segurança urbana, logística, mobilidade e economia.

Isso porque ela torna visíveis tendências que ficariam escondidas em planilhas, por exemplo, picos de demanda, áreas de risco, padrões de comportamento ou ocorrências concentradas em um ponto geográfico.

Veja alguns exemplos:

Por que essa ferramenta ganhou força no saneamento?

À medida que os setores passaram a lidar com volumes cada vez maiores de dados, o mapa de calor se tornou indispensável para análises operacionais.

Na distribuição de água, existe um desafio constante: Como tomar decisões rápidas e assertivas em sistemas amplos com milhares de variáveis?

É aqui que o mapa de calor ganha força, pois ele permite enxergar o comportamento da rede de forma integrada.

Como o mapa de calor é aplicado no saneamento

No saneamento, o mapa de calor evidencia as regiões que operam dentro da normalidade e também os pontos onde há indícios de anomalias, como vazamentos, mistura de setores, desabastecimento, pressões muito baixas ou aumentos inesperados nas cargas hidráulicas. O sistema identifica esses pontos com base nos padrões pré-estabelecidos pelo Gestor de Perdas.

A aplicação prática ocorre principalmente em quatro frentes:

1. Identificação do comportamento do abastecimento

O mapa exibe os dados de pressão no setor por meio de cores, isolinhas e Carga Hidráulica (VMN). Isto permite visualizar rapidamente onde o abastecimento está dentro do padrão ou não.

2. Detecção de áreas com anomalias

As cores destacam pontos com pressão muito baixa ou muito alta, enquanto os alarmes gerados por estas variações apontam a urgência da situação.

3. Priorização de áreas críticas

Com o destaque das regiões mais impactadas, as equipes conseguem priorizar onde atuar primeiro. Assim, inspeções, manutenções e verificações são direcionadas para os pontos mais críticos.

4. Acompanhamento da evolução do setor

Ao comparar mapas de diferentes datas podemos verificar se uma anomalia foi resolvida ou mesmo se piorou neste intervalo. Essa análise histórica ajuda a validar intervenções e a prever tendências operacionais.

Mapas de calor aliados à inteligência artificial

Com o avanço da Inteligência Artificial (IA), o mapa de calor se torna um instrumento preditivo. A IA permite identificar:

• anomalias antes que se tornem perdas reais
• zonas com grande potencial de vazamentos
• tendências que não são perceptíveis apenas pela análise humana

Essa combinação amplia a capacidade das equipes de agir de forma preventiva, o que reduz custos e aumenta o controle sobre a rede.

Considerações finais

Conforme o avanço do Marco Legal do Saneamento e as metas de preservação da água e sustentabilidade se tornam mais urgentes, entender o comportamento do abastecimento deixou de ser apenas uma tarefa operacional e passou a ser uma necessidade. Os mapas de calor reduzem incertezas, aceleram diagnósticos e transformam dados de pressão em decisões práticas.

É nesse contexto que o Módulo Ada, do Sistema Stattus4, ganha relevância. Ele aplica Inteligência Artificial para interpretar dados de pressão, identificar padrões irregulares e gerar alarmes. 

Desta forma, os mapas de calor deixam de ser apenas uma representação visual e passam a apoiar diretamente a gestão preventiva e a eficiência operacional.

Para aprofundar o tema e ver exemplos práticos de aplicação, acesse o eBook completo: Mapas de Calor no Saneamento: Da Teoria à Aplicação